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Gestão de Banca – Recalculando Stake

Neste artigo vamos abordar um tema que considero, sem qualquer sombra de dúvidas, o assunto mais importante dentro das apostas, gestão de banca. Vamos passar rapidamente sobre o básico para quem está na fase inicial e vamos falar sobre gestão de banca para quem já tem um método de trabalho consolidado. Além disso, trataremos sobre quando e como calcular a stake e também recalculá-la.

Gestão de Banca Para Iniciantes

Vamos começar falando sobre o mais básico possível. Se por acaso caiu de paraquedas neste texto e não tem ideia de como apostar, ou se ainda tens um conhecimento básico, mas não sabe como fazer gestão de banca numa fase inicial, o ideal a estes casos é não inventar.

A stake (ou unidade) fixa de 1% da banca é o melhor caminho aqui. Isso porque você não sabe para onde está indo ainda, trata-se de inúmeros testes de estratégias e métodos para apostar, neste caso não existe qualquer direcionamento dos números a dizer que isto vai ou não funcionar no longo prazo e, para melhorar suas chances de não quebrar a banca, coloca-se 1% em cada entrada no mercado, para que seu risco seja o menor aceitável no momento.
Entretanto, se você já possui um método bem definido e que se mostrou interessante no longo prazo, aí sim podes pensar em evoluir a gestão de banca. E aqui, estamos a falar de um grande volume de apostas na fase de testes, afinal de contas não existe como saber se aquele método funciona ou não sem volumá-lo. Aqui também dependerá de cada método para falarmos em volume ideal, porém se tiver que traçar um número médio de entradas para se consolidar e realmente bater o martelo para dizer se funciona ou não, eu diria que pelo menos 2 mil apostas.

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Como Fazer Gestão de Banca

Entendendo que você já passou pela fase citada acima, compreende-se que possui um método no mínimo lucrativo e que possui um volume grande dentro de um longo prazo para que possamos pesar cada número de forma a construir a melhor gestão de banca possível para o próprio método.

Grave uma frase: ninguém poderá te dizer quanto usar de stake sem conhecer os números do teu método. Isto é, sem um grande volume de amostragem para que possa ser analisada qual a variação e o desvio padrão de todas as apostas, não existe qualquer tese concreta que afirme um número a se colocar em risco para que não quebra sua banca. Mas então como calcular a stake?

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Gestão Matemática

Chamamos isso de gestão matemática. Vamos a ela.

Antes de mais nada, é preciso dividir a amostragem em blocos para que possamos fazer o cálculo ideal. Digamos que você tem mil entradas registradas, neste caso pode-se dividir em 10 partes de 100 por exemplo. Mas pegaremos um exemplo mais simples, um ano de apostas realizadas, dividiremos por cada mês, ou seja, o resultado de cada mês apostado.
Para efetuarmos a tal gestão matemática, será necessário obter a média destes dados, o desvio padrão e, na sequência, jogar em uma fórmula específica:

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O “e” neste caso significa o número de Euler, que nada mais é do que uma constante, ou seja, não altera. Então basta usarmos o próprio “e”. Esta constante será elevada no seguinte expoente: -2, multiplicado pela média, que é multiplicada por “X” (que nada mais é do que a porcentagem de perda que deseja), e isso tudo dividido pelo desvio padrão ao quadrado. Mostrando no excel fica bem mais fácil compreender:

como-fazer-gestão-de-banca

Temos aqui os números em decimal, já que estamos falando de porcentagens. No primeiro mês lucramos 30%, no segundo perdemos 10% e assim por diante. Logo abaixo temos a média já calculada, o desvio padrão também já calculado, o risco no qual queremos tomar (o nosso “X” da fórmula) e na sequência a fórmula já operada:

exemplo-de-gestao-de-banca

O nosso “X” é igual a 1 neste caso, pois queremos saber qual a probabilidade de quebrarmos a banca. Se por acaso quiser saber a probabilidade de perder metade da banca, o “X” será 0,5 e assim por diante.

Em resumo, o resultado de tudo isso significa qual a probabilidade que se tem de perder a porcentagem “X” da banca, neste caso 100%. E no exemplo acima, nota-se uma chance de 3,18% de quebrar a banca, o que não tão interessante. O ideal é o método se encontrar entre 1 e 2 por cento. O que fazer neste caso para não correr este risco? Diminuir a stake para que fique dentro do aceitável. Neste caso, multiplicamos os resultados por uma possível stake de 0,8%, o que nos deixou em um cenário muito mais confortável, veja:

Stake-aposta

Talvez não seja tão simples assim de compreender tudo isso, mas se você ler umas 2 ou 3 vezes certamente compreenderá a lógica e ficará fácil para que possa aplicar em seus próprios métodos.

Recalculando Stake

Para fechar este assunto da melhor maneira, vamos também falar sobre como recalcular a stake em caso de determinado crescimento ou perda de parte da banca. Neste caso também dependerá de cada método e de quanto ele varia, porém vamos abranger de forma mais generalizada.

Existe diversas possíveis formas de se fazer o recálculo de sua stake:
– Por temporada (ou anualmente)
– Por períodos (mês, trimestre, semestre)
– Por porcentagem (seja positiva ou negativa)
– Entre várias outras formas.
O mais plausível para quem já tem um modelo consolidado de apostas é buscar o equilíbrio na porcentagem, seja de lucro ou de prejuízo. Entre 10 e 20 por cento pode ser bastante interessante. Ou seja, em um exemplo onde sua banca é de 1.000 e sua stake de 10 (1%), caso você lucre 15% e fique com 1.150, sua stake passará a ser de 11,50. O mesmo serve para possíveis prejuízos.
Já se você não tem total segurança em seus métodos ainda, o ideal é trabalhar praticamente com uma stake fixa, alterando-a somente ao final de cada temporada. Desta forma poderá obter maior estabilidade, principalmente em relação ao psicológico.

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